“O cego não é dotado de poderes mágicos nem possui memória
extraordinária. O que é simples condicionamento para as pessoas videntes,
significa árdua conquista para o cego”, diz a fundadora do Clube do Choro e
flautista, Dolores Tomé.
Filha de João Tomé, músico e compositor de reconhecida
habilidade, Dolores é professora da Escola de Música de Brasília, onde
coordena o ensino de musicografia Braille para alunos cegos.
A partir da percepção apurada, que a autora tem sobre o
universo dos deficientes visuais, nasceu a idéia de fazer um disco com a
obra de João Tomé, seu pai.
Já são dois discos, sendo o segundo com músicas cantadas.
Compositor de mais de 800 músicas, João permanece desconhecido até mesmo
para os amantes do choro, gênero ao qual ele se dedicava.
Com o CD “Piquenique”, Dolores salienta que “não conhece no
mundo uma gravação que, deleitando todos os ouvintes, seja tão valiosa para
os cegos pelo acesso às partituras em Braille”, uma verdadeira e efetiva
contribuição à inclusão social.
Ouviremos: Todos sabem; A corda e a caçamba; Resto de sonho;
Deixe de chiquê; Nem sempre; Inveja; Pra ficar de cabeça inchada e Treze
vinte sete.
.: Sobre o programa
O que é
Um programa de entrevistas com grandes nomes da música
brasileira, em uma conversa informal e descontraída.
Transmissão
Sábados, às 20h, e reprise às quintas-feiras, às 23h.
- Brasília, 91,7 MHz FM;
- Natal, 106,9 MHz FM;
- Cuiabá (em caráter experimental), 102,5 MHz; e
- Ondas Curtas (faixa de 49m/5.990 kHz).
Internet
Atualizado às segundas-feiras, disponível em mp3.
Apresentação e produção: Alcebíades Muniz.
24/05/2010 - Dolores Tomé
1ª parte da entrevista. (Alcebíades Muniz - 21'04")
------------------------------------------------------------------------------------------------- |